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A vida é uma mixórdia

há 68 meses

 

Hey dolls! 

A minha ausência justifica-se pelo meu 1º ano na Universidade, e que ano foi! Gostava de dizer que correu muito bem, mas só vos estaria a mentir. Na verdade, foi muito complicado e, como também estamos na época em que muitas pessoas vão entrar na mesma etapa, decidi explicar a minha situação. Direito foi o curso escolhido… No papel.

 

Há um ano estava indecisa. Não sabia o que escolher, nem o que queria fazer daqui a 5, 10, 15 anos. O que sabia é que Direito era um curso geral, com prestígio e saída. E, realmente, é um excelente curso. Pelo menos onde fiz o 1º ano de licenciatura achei-o muito bem estruturado, exigente e com uma boa preparação para a vida prática, onde desmitifiquei que “Direito só funciona para advocacia”. Todavia, não é um bom curso para mim. Achei que não me encaixava, que estava a perder uma maior oportunidade ao estar ali, não conseguia explicar, e ainda não consigo. Quando soube que entrei no curso não senti nada, talvez porque soubesse que tinha média para entrar, mas muito mais provavelmente porque sabia que não era bem o que queria – devia ter reparado que algo estava mal quando a minha mãe ficou mais entusiasmada que eu.

 

Porém nem tudo é mau. Fiz amigos, aprendi coisas que, parecendo que não, vão me ser bastante úteis e percebi o que não quero – que acreditem que ajuda já bastante. Se me perguntarem se me arrependo de ter escolhido, eu respondo que não. Se desperdicei tempo? Não, não se desperdiça tempo, já que foi um ano de aprendizagem, mesmo que não em relação ao curso, em relação à vida (viver sozinha, cozinhar, fazer compras, lavar roupa, gerir dinheiro, tempo…). Se sei o que quero fazer? Também não. Inscrevi-me num outro curso e, apesar de estar receosa desta mudança, sinto-me também ansiosa e entusiasmada com este novo início, e sinto-me feliz por ter todos a me apoiarem.

 

As dicas que vos posso dar mesmo são fazer o que gostam. Eu sei que é difícil seguir este conselho, mas, depois disto, foi aquilo que retive. Não quero voltar a subvalorizar a minha felicidade. As taxas de empregabilidade que vocês vêm não vos garantem nada, pois já uma professora minha dizia, “a estatística é como um biquíni, mostra muito mas oculta o essencial”. Isto porquê? Porque essa taxa mostra qualquer um que esteja a trabalhar depois de licenciado nesse curso, quer seja na área ou não. O que mais se vê é como a vida pode dar voltas. Estamos na Callie Con e se prestaram atenção aos Q&A, verão que, por exemplo, a Nina começou por estudar ciência. Isto não a impediu de tirar outro curso e de acabar na Stardoll.

 

 

Ninguém tem as respostas, mas só tu podes fazer a jogada final.

xx, Júlia

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