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Cigana

há 32 meses

Ela foi caminhando pela rua, seus pensamentos estavam em outro mundo e apesar de estar com pés no chão, andava nas nuvens. Afinal, não era qualquer dia que uma cigana lhe virava na rua para dizer-lhe coisas tão verdadeiras de sua vida.

Como ela poderia saber? O fim do relacionamento realmente havia deixado feridas, mas ela seguia tão bem. Ela não estava transparecendo a dor que sentia no peito. As notas baixas na faculdade a haviam abalado. Tantas horas de estudo e no fim com as crises de ansiedade sua mente parecia um papel em branco.

Estava tudo desmoronando. Como ela poderia saber disso?

Se ela sabia de tantas coisas, bom talvez ela pudesse mesmo prever o futuro.

E enquanto pensava, automaticamente entrou numa cafeteria e pediu um frappuccino de caramelo - seu favorito! - antes de seguir a caminho da casa de sua vó. Afinal, tudo que ela queria agora era esse amor sem fim da família.

Se ela estivesse certa, as notas ela ia recuperar, ela passaria aquele semestre sem dependências. O coração partido iria se curar, depois de um bom tempo. "O amor próprio irá florescer dentro de si", disse a cigana, "então verá a verdade sobre esse rapaz!". O que será que ela quis dizer com isso?

As crises, melhor procurar um tratamento, nem todos podemos viver de ilusões e a saúde pode ser o causador das noites em claro.

Enfim ela toca a campainha, sua avó demora uns minutos, mas atende.

A recebe com abraço, bolinhos de chuva e uma boa história das antigas. 

Com o coração mais leve, ainda com muitas perguntas a responder, ela adormece no meio da tarde, ouvindo o canto dos pássaros na janela e o silêncio da mente. 

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